Ensinar os bebés a dormir: dia... 50?

Já nem sei há quanto tempo comecei com o desafio proposto pelo livro "Como ensinar o seu filho a dormir em 10 dias", tive consciência desde o início que não iria consegui-lo em 10 dias, não com dois bebés, não a tentar praticá-lo nos dois em simultâneo, mas não deixei de o tentar. 
Olhando para trás tive muita paciência naqueles 10 primeiros dias mas depois fugi um bocadinho (para não dizer um bocadão) ao método, deixei de ter paciência para estar ali especada a olhar para o vazio e apercebi-me que o método não estava a resultar quando num desses dias tive de ir à cozinha desligar a máquina e quando cheguei à porta do quarto estavam caladinhos... quando voltei a sentar-me na dita cadeira a meio do quarto e eles viram-me, começaram a chorar como que a pedir para os tirar dali... Ah é? Então vou sair do quarto! E calaram-se... E adormeceram sozinhos...
Desde aí, sempre que eu estava no quarto, eles ficavam sempre mais agitados, normalmente a bater com as pernas no colchão e rebolar, ficar de gatas a olhar para mim, quando não choram mesmo. 
Se os deixo na cama, com os beijinhos e os miminhos para acalmar, apago a luz e vou-me embora, eles adormecem sozinhos! Por vezes choramingam durante 3 a 4 minutos e é aquele choro que acaba mal começa, passado um pouco um volta a choramingar como se se lembrasse que já não chorava à algum tempo mas ficam-se. Quando o choro é mesmo aquele choro de chorar lá vou eu acalmo-os e volto a sair mas ganhei a coragem de não ir lá mal eles comecem a chorar e tem resultado.
Acredito que o facto de estarem cansados de um dia de creche também ajude e preocupo-me que se deitem pelo menos 12 horas antes da hora de acordar.

Mas que rotina...

Nem acredito que já passaram 15 dias... 15 dias de trabalho, creche, bebés e... bebés e... o dia acaba num instante... Antes de me deitar deixo tudo preparado para o dia seguinte, tento ao máximo que no dia seguinte haja o mínimo para fazer para conseguir aproveitar o tempo com os meus filhos ao máximo. Chego a casa e os bebés estão exaustos, estou uma hora com eles com brincadeira, jantar, banho e deitar. São 19h30 e já a casa está em silêncio, um silêncio estranho, um silêncio com um sentimento de que faltou algo mais, faltou mais brincar, mais miminhos, faltou aquele tempo com eles para eles perceberem que nós somos a família deles em vez das educadoras da creche...
Gosto da creche onde eles estão, gosto ainda mais das educadoras, seja as da sala deles seja as das outras salas, são todas tão atenciosas... Mas tenho aquela espécie de "rancor" àquele sítio como se fosse o "culpado" por não ter tanto tempo com os meus filhos. A culpa não é da creche, a culpa não é do meu trabalho, a culpa não é do pai nem da mãe mas não deixo de me sentir culpada por ter de os "despejar" todos dias num sítio e ir-me embora.

O tempo foge!

Se antes ficava agradecida por finalmente adormecerem e eu poder descansar ou fazer outras tarefas diárias, agora fico mesmo aborrecida porque o dia acabou e eu tive tão pouco tempo com eles.
Eles passam 9 horas na creche e 2 horas comigo, o resto é para dormirem... Agora supostamente devia aproveitar o período de amamentação para estar mais tempo com eles mas não é isso que vejo!
Saio do trabalho a correr, não quero me atrasar para ir buscar os meus bebés, as saudades apertam e dói-me deixá-los tanto tempo sem a família. Chego à creche feita doida toda transpirada, de tanto andar a passo largo e carregada. Chego a casa e falta sopa para o jantar... Deixo os bebés a brincar enquanto tento fazer uma sopa, enquanto isso faço maratonas da cozinha à sala ou porque um chora, ou porque o outro puxou o cabelo ao mano, ou porque um não chega ao brinquedo ou porque outro enfia-se debaixo da mesa e não sabe como sair... 
Finalmente um bocadinho para brincar com eles, adoro as gargalhadas deles, não há nada que me faça mais feliz!
Hora do jantar porque a rabugice já é muita, despachar antes que se esfreguem com sopa nos olhos de tanto sono. Colher a um, colher a outro e colher à parede, colher a um, colher a outro e colher às calças da mãe... E agora todos os segundos são importantes, o sono já não deixa fazer nada e temos de nos despachar! Deixo um a brincar e o outro vai tomar uma banhoca de... 3 minutos! Enquanto isso o mano já chora à 4 minutos... Despachar e deitar um na cama. Vou buscar o outro e adormeceu sentado... oh! que tristeza! Agora com mais calma pego no bebé e ele acorda. Boa! Vamos ao banho. E aqueles 2 minutos de sono foram revitalizantes, é brincadeira pegada na banheira, banho ao bebé, banho à mãe, banho à parede e banho ao chão que também precisa... Passar creme, vestir o pijama, muitos beijinhos e cama. Antes de apagar a luz já tudo dorme... até amanhã!

O 1º dia

Acordei com o estômago às voltas, calafrios na barriga, aquilo que não queria pensar ontem, hoje é bem real... acordar os bebés assim tão cedo custa... o que vale é que eles acordam sempre bem dispostos! Mau humor matinal por aqui não existe!
Surpreendentemente o dia passou a correr e mais a correr fui eu quando saí do trabalho para ir buscá-los à creche. 
E ali estavam eles a brincar tão entretidos e tão bem sentadinhos no chão... Quando eu me aproximei aqueles sorrisos deslumbrados a olhar para mim derreteram-me por completo e pela primeira vez fiquei com a lagriminha no olho, meus mais que tudo ficaram tão contentes de me ver! E este foi o momento do dia e que quero guardar enquanto a memória o permitir.

Voltar ao trabalho

E a esta hora vai um misto de emoções cá dentro que nem quero pensar, nem quero exprimir, nem quero definir o que são...
Faltam umas horas para lançar os meus pequenitos aos "lobos" e ir para longe, ir à "minha vida" e se acontecer alguma coisa estarei a pelo menos 1 hora de distância. Já não há como protegê-los, já não há como ficar de vigília, já não há como ficar por perto para algum incidente.
São muitas horas, demasiado tempo que pode ficar com a fralda suja, que pode ficar com fome, que pode ficar rabugento e sem dormir, são tantas coisas que podem acontecer sem que eu possa intervir que até dói, não quero pensar, não quero deixá-los...
A mamã não trabalha à um ano, já faz falta regressar à base, sentir que não sou só mãe, sentir que não sirvo só para mudar fraldas e fazer comida.
Por outro lado há aquela revolta de ter de deixar os meus filhos com desconhecidos num sítio desconhecido porque a situação financeira não permite que seja de forma diferente, porque não há outra escolha, porque não se olha a meios para atingir o fim... Indirectamente faço-o por eles, trabalho para lhes poder dar tudo o que precisam!

Uma semana de creche

Já passou uma semana, será que o pior já passou ou ainda está para vir? Os bebés nunca choraram quando os deixava de manhã e também não choraram quando os fui buscar mas as "queixas" da educadora foram muitas... Eles não dormem! E não deixam dormir! 
É verdade que eles só dormem bem na cama deles, se for noutro sítio dormem no máximo meia hora... que é o que tem acontecido. Temos de esperar que se habituem ao novo espaço...

Dormir... dormir...

Quando finalmente parece que as noites estão se a acertar e que finalmente a mamã podia descansar melhor é quando a licença está a terminar. 
Um bebé já dorme a noite toda, o outro já teve duas noites numa semana que conseguiu dormir seguido e nas restantes só acordar uma vez por noite... yupiiii! Como é bom passado 9 meses dormir mais de 6 horas seguidas!

Adaptação à creche

Rotina de acordar cedo, sair logo cedo de casa e deixar os bebés na creche... Eles ficam bem, deixo-os sempre a rir e a brincar, até agora não os vi a chorar quando os levo ou quando os vou buscar. 

Quando saio da creche, saio com aquela sensação que me estou a esquecer de alguma coisa, que me falta alguma coisa, como se saísse de casa descalça... Falta-me os meus filhos que sempre me acompanharam para todo o lado, agora vejo-me sozinha e quando chego a casa nem sei o que fazer. Devia aproveitar este tempo para mim, para me dedicar (finalmente) a mim mas em vez disso fico "desnorteada".

Nos últimos dias ouço muito a típica frase do "tens de cortar o cordão umbilical"... como eu não gosto de o ouvir! Parece que a ligação com os filhos é algo negativo/possessivo, parece que é suposto me "despegar" dos meus filhos.

No primeiro dia ficaram 2 horas, no segundo dia ficaram até depois de almoço e no terceiro dia já ficam o dia inteiro. 

A lista de material necessário para levar parece imensa mas só quero que nada falte na minha ausência, gostei muito de organizar tudo e identificar tudo!

9 meses!!

E não podia faltar a celebração de mais um mês! Não vou dizer mais uma vez que passa num instante ou que quero que o tempo pare... não vou lamentar estarem a crescer tão rápido. 
Mas a verdade é que aqueles 45 cm já são 70 cm... Aqueles 2 kg já são 10 kg... Aqueles desdentados já contam com 2 dentinhos cada um... Aqueles cabeludos continuam cabeludos!
Um é muito exigente, quer muita atenção, não gosta de estar quieto, só quer colo, canções e palminhas, rasteja pela sala toda, a passear no carrinho diz olá a tudo e todos, passatempo preferido: puxar os cabelos do mano.
O mano é muito simpático, está sempre a sorrir, adora que conversem com ele, adora comer, rói uma bolacha com aqueles dois dentinhos que é uma maravilha, dorme que nem um anjo que é só deitar e já está, é um preguiçoso que ainda nem se senta sem apoios, passatempo preferido: ver o genérico da casa do mickey mouse.

O 1º dia da creche...

Da primeira vez que fui conhecer a instituição há uns meses, foi quando os inscrevi, não olhei a pormenores, não vi as coisas como as vi hoje, hoje tudo parecia ser mais claro, hoje olhei para cada canto, para cada parede, para cada menino, para cada brinquedo, procurei ver tudo, onde dormiam, onde comiam, onde trocavam as fraldas ou onde guardavam as coisas, o meu cérebro procurou assimilar cada pormenor daquele espaço, procurei ver tudo pelo lado positivo, deixei o pessimismo esta manhã na cama e saí de casa com o sorriso forçado e com pensamento positivo. Entrei na sala ao lado daquela que me apresentaram à uns meses, na sala ao lado do berçário... À uns meses disseram-me que eles iam para o berçário, hoje entraram na sala do 1 ano: lado positivo... vamos cérebro, procura-o! Os bebés vão-se desenvolver mais facilmente com meninos mais velhos que eles? Os meninos que estão na mesma sala serão os que vão para a escola com eles aos 6 anos?
Deixei-os por 2 horas, sem muitas despedidas, saí sem eles perceberam, ainda parei uns segundos à porta a ouvir se eles iam chorar assim que dessem pela minha ausência, desci as escadas calmamente sempre à espera de os ouvir chorar, nunca ouvi nada... voltei 2 horas depois pé ante pé para ouvir se eles choravam... quando entrei na sala estavam a dormir! A educadora disse que não choraram... gritaram cada vez que ela se afastava...

E dormir?!

Ontem fiquei mesmo abalada com a notícia da nonô, como se fosse alguém próximo de mim, a tristeza ficou comigo pela noite dentro, antes de me deitar deu-me uma vontade enorme de acordar os meus filhos e abraça-los, abraça-los bem juntinho a mim e ficar assim durante toda a noite, senti-me agradecida por os ter comigo, bem e com saúde. E para me fazer sentir ainda mais a mãe sortuda que sou, os meus queridos deram-me um presente! Pela primeira vez em quase 9 meses dormiram a noite toda! Adormeceram antes das 20 horas, beberam o leitinho perto da meia noite e só acordaram à 8h30! Eu nem estava a acreditar e ainda perguntei ao papá se durante a noite tinha dado leitinho a eles mas não! Oh meus bebés lindos, que continuem assim!

Tecnologia avançada para carrinhos bebé

É o origami da 4moms, parece muita tecnologia para um só carrinho, onde está a força e habilidade de uma mãe para abrir um carrinho que precisa de uma semana de treino até se habituar? o carrinho que mais ninguém consegue abrir e fechar? Este é o futuro... os meus netos não vão saber o que é abrir um carrinho à antiga!

São quase 1000€ investidos por um carrinho que abre e fecha sozinho apenas carregando num botão, tem faróis, suspensão, carregador para o telemóvel, um ecrã que mostra se o bebé está sentado, a temperatura ambiente e mais uma serie de "mariquices" mas ao que parece não é o top dos carrinhos de bebé, após ver vários comentários parece que não reclina completamente, tem 14 kg e um preço exorbitante...

Os Aprendizes da Nonô

Estou chocada, triste, de coração apertado, com o pensamento naqueles pais que tanto lutaram e perderam a sua princesa. Desejo muita força a toda a família. Adeus Nonô, também me ensinaste muito, descansa em paz.

Babydecoder: Afinal os bebés têm livro de instruções?!

Já há uma aplicação desenvolvida por portugueses que ao ouvir o choro do bebé "descobre" o motivo de estarem a chorar... Podem ver a notícia aqui.
É impressão minha ou a seguir vão criar uma máquina para mudar fraldas aos bebés e dar leite? Fica a dúvida na eficácia porque nós não somos máquinas para sermos todos iguais...

Socorro! Estou em pânico!

Já ando a tremer com o dia que vão entrar na creche à algum tempo, tivemos finalmente a tão esperada reunião e a educadora foi bastante frontal, gosto disso mas saí de lá ainda mais assustada. Para além de irem para a sala de 1 ano em que mais de metade dos colegas são mais velhos e alguns têm a idade deles, são 15 numa sala com uma educadora e uma auxiliar... e com isso a educadora justifica desde já que é possível que os bebés apareçam em casa com um "galo" na cabeça ou qualquer coisa assim do género, como se fosse coisa pouca! 
A juntar a isso informa-me que não há cadeiras de papa para todos e que os bebés sentam-se nas cadeiras pequeninas de madeira com braços... sou só eu que vejo porque os meus filhos poderão chegar a casa com galos na cabeça? 

Camas empilhadas

Para além disso aquelas camas onde eles dormem sem grades também me está a fazer confusão, os bebés rebolam n vezes na cama antes de adormecerem, quantas vezes eles têm de cair no chão para perceberem que já não podem rebolar?
Sim, sou uma mãe galinha que vejo perigos em todo o lado, talvez tenha de investir num capacete para eles levarem para a creche, sinto que estou a mandar os meus filhos para a boca do lobo e agora amanhem-se!