terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A hora de dormir

Durante o dia é fácil, o berço anda pela casa e fica na sala comigo e eles adormecem facilmente... durante a noite o berço vai para o nosso quarto e tento que durmam... sim, fica pelo tentar... as noites no início foram terríveis, cheguei a dormir 1 a 2 horas por noite! Depois o papá e eu faziamos turnos, eu tomava conta deles durante o dia e o papá durante a noite e assim dormíamos bem apesar de desencontrados... Até que o papá voltou para o trabalho e fiquei encarregue dia e noite... 
Felizmente já adormecem melhor e já dormem mais tempo, atualmente já só acordam duas vezes durante a noite para comer, claro que demoro 1 hora e meia de cada vez mas já não é mau de todo e há-de melhorar!
Em desespero deitava-os na minha cama e ficava com um olho aberto e outro fechado a segurar a mãozinha para adormecerem, sim tenho uma cama grande, somos 4 deitados nela!



Agora cresceram... não cabem os dois no berço... já era altura de os deixar no quartinho deles mas está tanto frio para eu me levantar as centenas de vezes que eles choramingarem porque a chucha caiu... Um dorme no berço e outro dorme na cama comigo, por agora! Sim, que péssimo hábito, não façam o que eu faço, vou-me arrepender!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Aquele sorriso...


À um mês que o bebé S.A. nos prendou com um sorriso magnífico, depois do mamar aquele bocadinho que está tão relaxadinho meio acordado meio a dormir no nosso colo e começa a fazer umas caretas e revira os olhos, olha de lado, olha para cima, e ahhhh... um sorriso maroto...
E desde aí faz muitas vezes isso, de inicio achei que era coincidência mas não, é mesmo um sorriso lindo!
O bebé S.I. já dá sorrisos tímidos principalmente com a maminha na boca, basta fazer uma coceguinha e dá aquele sorriso simpático. Cutxi cutxi.

E quando choram ao mesmo tempo?

O que muitos temem em gémeos é quando choram os dois ao mesmo tempo, mas sabem que mais? Isso por cá não acontece! Quando um chora o outro fica calado com cara de palerma a olhar do tipo "mas o que é isto? há alguém a imitar-me!". Também me parece que combinam e fazem turnos de choro, agora choro eu e depois choras tu... O mais chato é mesmo quando está um a mamar e o outro começa a chorar... não podias esperar um bocadinho?
Hoje a coisa foi especialmente diferente... o bebé S.A. estava a dormir e o bebé S.I. não queria pregar o olho e estava a choramingar, o bebé S.A. acordou com o choro do bebé S.I. e deu uns berros tipo zangado "Cala-te que eu quero dormir!", tão fofinhos.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

10 segredos para sobreviver ao 1º mês

Artigos, dicas, conselhos, livros, revistas, fóruns, há de tudo para uma recém mãe consultar e tirar as suas dúvidas ou aumentá-las, contudo não deixa de ser curioso o conteúdo de certos artigos e às vezes dou por mim a ler os tópicos e a confirmar se realmente faço o que dizem, como este:

Conselhos para que os primeiros tempos com o seu bebé sejam os mais tranquilos possíveis.
1. Nem tudo vai ser perfeito. (a sério? e eu a pensar que ter 2 bebés iria ser perfeito... perfeito desastre!)
2. Imponha regras às visitas ao recém-nascido. (venham todos ao molho e fé em Deus que a casa é pequena!)
3. Peça ajuda. (há alguma poção mágica para os bebés não chorarem sempre que a chucha cai da boca?)
4. Durma e descanse sempre que tiver oportunidade. (sim... durma quando o bebé dormir, já ouvi... qual deles? e pode ser que acorde e a casa esteja arrumada, que a roupa esteja tratada e eu esteja de barriga cheia...)
5. Envolva o pai nos cuidados ao bebé. (oh pai despacha-te do trabalho e vem para casa!)
6. Reserve tempo para cuidar de si e da sua sua relação. (quando tenho um banho de 10 minutos é uma festa... relação? alguém tem um relógio como o da Hermione que posso estar em dois sítios ao mesmo tempo?)
7. Não dê importância a coisas secundárias. (claro que não! esvaziar a bexiga é coisa de gente sem nada para fazer)
8. Não valorize experiências negativas de outros pais. (e eu a pensar que não havia experiências negativas)
9. Organize as rotinas diárias (vou ter de conversar com os bebés para fazerem uma agenda)
10. O amor acontece. (e de que maneira, amor a duplicar para dar e vender)

sábado, 18 de janeiro de 2014

Como distinguimos gémeos?

Sendo gémeos verdadeiros as diferenças são nenhumas, não há sinal nenhum no corpo, não há cabelo diferente, não há tom de pele diferente... muitos são os que olham para um e para o outro e tentam adivinhar qual é um e qual é outro. Se os colocar um ao lado do outro é fácil, um é mais redondinho e mais pesado e outro é mais delgadinho e comprido contudo a diferença já foi maior, quando nasceram tinham 200 gramas de diferença, agora têm 90 gramas de diferença e à medida que vão aumentando de peso a diferença é menor...
Assim tenho o cuidado de deixar marcas para ter a certeza que não os confundo, já deixei uma pulseira mas como tenho receio de apertar muito acabam por se soltar do pulso, agora tenho o prendedor de chuchas diferente e nunca tiro as chuchas da roupa em simultâneo para não baralhar. A roupa também já é diferente para ser mais fácil, um tem sempre roupa escura (azul ou cinzenta) e outro usa roupa clara (beje ou azul clara) e se a roupa for igual usam roupa interior diferente.
Se fossem meninas podia furar as orelhas e usar brincos diferentes como uma amiga fez, sendo meninos é difícil ter diferenças mais permanentes, aceitam-se sugestões!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Amamentar #5

Voltando para o lado prático, antes de começar a amamentar faço os dois biberons de leite, um fica a arrefecer para o primeiro que amamentar e o outro biberon deixo no aquecedor de biberons que tem uma posição fraquinha que apenas mantém a temperatura, assim não arrefece até ser a vez do segundo bebé comer.
No inicio havia a grande preocupação dos bebés comerem de 3 em 3 horas, fomos bem avisados que como são prematuros não tinham o instinto de acordar para comer e podia ocorrer uma hipoglicémia e poderem desmaiar sem nos apercebermos ou pensarmos que estavam a dormir porque quando o açúcar no sangue baixa eles ficam mais sonolentos.
Aprendi logo na maternidade a apontar as horas a que cada bebé comia, fazia xixi e cocó fazendo uma tabela para assim controlar as horas e não me confundir com cada bebé e tinha razão... a meio da noite com o cansaço, sonolenta, já não sei quem foi o ultimo a comer e quem deve comer a seguir. A técnica de escrever é boa mas porque não aproveitar as novas tecnologias? Existem várias aplicações no telemóvel para o fazer e não só para apontar a alimentação e fraldas, pode-se apontar inúmeras coisas e até fazer um diário com fotos e comentários (para quem tem muito tempo). Eu uso uma em português e que dá para adicionar vários bebés:

http://www.windowsphone.com/pt-br/store/app/boletim-do-beb%C3%A9/633c7d5e-2c39-40e1-a217-e8f6ce6ef80e

Entretanto eles já podem ficar até 4 horas sem comer durante o dia e 5 horas durante a noite (quem me dera!), agora eles são um relógio, 3 horas certinhas e acordam com fome. Antes estava a contar as 3 horas a partir do momento que começavam a comer (foi assim que me ensinaram na maternidade) mas o pediatra diz que contamos a partir do momento que têm a barriga cheia quando acabam de comer. Coisas de mamã de 1ª viagem que ninguém fala...


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Cólicas

Durante as primeiras 2 semanas surpreendentemente não sofreram de cólicas, cada fralda que mudávamos tinha cocó, era uma alegria (coisas de mãe ficar contente em ver tanto cocó lol). Depois a coisa piorou, um de cada vez sofria sem conseguir fazer cocó, a barriga ficava muito inchada, cheia de gazes, choros com dores de barriga, arrotar era difícil e o estranho era que quando um está mal, o outro está bem e é à vez...
Só me apercebi do problema quando fui ao centro de saúde pesá-los e a enfermeira alertou-me, nunca lhes dei nada para as cólicas nem sabia que devia dar... ignorância de mãe de primeira viagem!
Então lá fui à farmácia comprar o Aero-OM, como é que nunca ouvi falar nisto? Hoje já faz parte do nosso dia-a-dia e até me rio da minha ignorância... Como mais tarde é que fui ao pediatra estava a dar-lhes gotas quando se queixavam e dava tipo 5 a 7 gotas de cada vez apesar da enfermeira dizer que pudesse dar 10 a 20 gotas... O pediatra aconselhou a dar 4 gotas (1 gota por cada 1 kg de peso do bebé) antes de amamentar mas a coisa não parece estar a passar e as cólicas teimam em não desaparecer. Será do leite?
Fica aqui uma dica do pediatra que nunca nenhum médico ou enfermeiro ou qualquer outra pessoa falou, a tetina do biberon não deve ser muito apertada, a rosca deve ficar ligeiramente desenroscada de forma a que o leite faça bolinhas, assim o ar é expelido evitando as cólicas e claro que a tetina deve estar coberta de leite quando o bebé está a beber.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Amamentar #4

E porque este tema tem pano para mangas e cortinados e muito mais, tudo já foi pior do que o é atualmente.
Antigamente estava a ferver água da torneira e fazia o leite com a água a 100º C e depois deixava arrefecer, li algures num artigo que assim matava as batérias do leite do que fazer o leite com água a 40º C ou 45º C como diz na lata do leite em pó e como estava a ferver a água no fervedor elétrico a água apenas fervia e desligava logo... errado! Devia ferver a água durante 5 minutos e não sabia... 
O pediatra também aconselhou a fazer o leite com água engarrafada e nesse caso nem seria necessário ferver, apenas aquecer se o bebé gostar mais do leite quentinho. Mas isso pareceu-me demasiado radical, então agora fervo a água engarrafada, deixo arrefecer um pouco e guardo num termo, quando fizer o leite já tenho a água com boa temperatura. Também sei que existe água própria para bebés que não é necessário ferver e mais segura em termos de contaminação de bactérias como o caso da Miltina mas sinceramente não sei se fará diferença em gastar quase 2€ em 1,5 litro em vez da água normal.
Como ninguém me disse que leite dar aos bebés estou a dar o mesmo leite que lhes deram na maternidade, Nutriben Natal, é mais barato e eles gostam.

Amamentar #3

Como o pediatra nos disse, alimentar um bebé não é como "pôr carvão lá para dentro", é um momento de calma e entrega para o bebé ficar relaxado. Isso é fácil dizer quando não se tem um segundo bebé a chorar com fome à espera da maminha da mãe. Tento amamentar um bebé, arrotar, mudar a fralda, dar biberon, arrotar e já se passou quase 1 hora, se tudo correr bem deito o bebé e ele dorme ou fica sossegado e vou ao próximo bebé... amamentar, arrotar, trocar a fralda, dar biberon, arrotar, adormecer e já se passou 2 horas... se os bebés já estiverem a dormir tenho 1 hora livre e daqui a 1 hora o ciclo recomeça. Parece cansativo? Agora imaginando que o primeiro bebé faz uma birra e atrasa o amamentar do segundo bebé... e o segundo bebé chora desalmadamente com fome e não consigo socorrer os dois ao mesmo tempo, é desesperante! Como faço? Não fico a ouvir um bebé a chorar enquanto dou o meu melhor com o outro... Deito um bebé ao meu lado e ponho o biberon na boca apoiado de lado com uma fralda de pano e depois tenho o grilo na minha cabeça (alimentar um bebé não é só pôr carvão lá para dentro), pois mas às vezes a necessidade leva a estas coisas...

O 1º dia de trabalho do papá

O papá ficou 22 dias úteis em casa, com os feriados e tal deu mais de um mês. A ajuda foi preciosa, o papá é mais destemido do que a mamã e trata dos bebés com mais à vontade e faz tudo o for preciso, sem medos de banhos, sem nojos de fraldas, sem impaciência aos choros, aquelas coisas que se espera que um homem não faça e que faz parte do trabalho da mãe a cuidar do bebé, ele faz!
Agora fico a modos que sozinha no barco na maior parte do tempo, dou por mim completamente stressada com tudo o que tenho de fazer, nervosa a alimentar um bebé e a torcer que ele seja rápido porque o outro bebé já está a querer comer também. Tenho de ter tudo bem planeado mas há sempre algo que atrasa e parece que vai tudo descambar quando um bebé acorda mais cedo do que esperava, afinal eles não são máquinas...
Mais um desafio que terá de ser reajustado e organizado, agora que estávamos a entrar numa rotina, teremos de voltar a nos esforçarmos para uma nova rotina.
E sim, tenho de me acalmar e levar a coisa com mais serenidade senão lá se vai o leite da mama!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A 1ª consulta

Apesar de eles já terem 1 mês e que já deviam ter ido ao pediatra, resolver a questão de um seguro de saúde demorou e a marcação de um pediatra foi-se arrastando. Quando tivemos alta da maternidade ficou marcada a consulta de desenvolvimento para a maternidade, sorte a minha que nunca mais me vejo livre daquele hospital... E desta vez apesar de ser uma consulta para bebés em vez de para grávidas não excedeu as expectativas. Chegamos antes da hora marcada mas só fomos atendidos 1 hora e 15 minutos após a hora marcada, a médica vai à sala de espera e chama apenas pelo primeiro nome da mãe... como se não houvesse mais "marias na terra"... eu entrei no consultório e após aquele aparato todo de tentar fazer entrar o autocarro de bebés pela porta do consultório, a médica diz que ainda não era a nossa vez... sai do consultório e vai atender outra pessoa no consultório ao lado, passado um pouco começa a ler o processo e fala de um processo que não o nosso...
- Então, tem um problema nervoso? - médica
- Quem? - eu
- A bebé? - médica
- São dois meninos e não... - eu
- Então não é a... - médica
- Não... - eu
- Ah então passou à frente de outras pessoas, ainda tenho outras pessoas para ver antes de vocês - médica
- Nós tínhamos consulta marcada às 10h15... - eu
- Isto não é por hora marcada, é por ordem de chegada - médica
- Então quer que eu saia? - eu
- Não, já vi que vocês não estão bem dispostos - médica
E saiu do consultório para consultar outras pessoas no gabinete ao lado... mas isto está tudo doido? Foi a médica que me manda entrar no gabinete e depois diz que eu estou a passar a frente? Organize-se!
Quando foi a nossa vez um dos bebés fez-lhe um xixi em cima (tomaaaa!) e ela fez um grunhido como "que nojo!"... isto é mesmo uma médica para bebés? Depois diz-me "este bebé cheira a azedo!" Claro que nem falei mais com ela, nem lhe respondi... estaria a insinuar que eu não lhe dou banho ou que não é normal os bebés se bolsarem? ela marcou exames de rotina (ecografia à cabeça? e teste auditivo), saiu do gabinete e nem um "até à próxima", quem me dera não haver próxima!!
Também tivemos consulta na médica de família no centro de saúde e ainda bem que a experiência foi bem melhor... tivemos ainda consulta no pediatra e foi espetacular! Agora estarão a pensar mas isso não s
ao consultas a mais? Assim posso escolher o que mais me agrada, pretendo que sejam seguidos no privado e no publico (para salvaguardar), a consulta de desenvolvimento não será a minha prioridade se continuar com aquela médica...

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

1 mês!



Para não deixar passar a data em branco e porque uma imagem vale mais que mil palavras (e porque a disponibilidade é escassa) partilho as mãozinhas mai fofinhas do universo (e não estou a falar das minhas).
Parabéns aos bebés S e S e à mamã e ao papá que têm sobrevivido.

40 semanas

Ontem faria 40 semanas de gravidez, se tivesse grávida de apenas um bebé seria ontem a data prevista do parto, provavelmente já estaria com um bebé nos braços... um bebé... soa a tão pouco, a tão simples, a tão prático.
Mas fui abençoada, tenho dois príncipes lindos, dois bebés perfeitos, duplamente amorosos e eu sou duplamente feliz, vivendo um sonho duplicado.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O banco do bebé


Durante o internamento tive a oportunidade de conhecer as pessoas fantásticas que colaboram no banco do bebé, que prazer enorme eu tive em conversar com aquelas pessoas, tão carinhosas, bondosas e prontas a ajudar sem terem nada em troca. E existem muitas formas de ajudar que não sejam "apenas" as de fornecer enxovais às famílias mais carenciadas, com a conversa e uma palavra amiga nos momentos que a recém mãe precisa ou com a ajuda e o apoio na hora de amamentar que as primeiras vezes são tão difíceis, foram inexplicavelmente fenomenais. Como era época natalícia a equipa veio em massa cantar cânticos de Natal a cada quarto, achei esse gesto lindo e comovente e ainda ofereceram ô-ôs para os bebés. Ainda antes de me ir embora me perguntaram se precisava de ajuda com a oferta de um enxoval de bebé para cada bebé, o qual eu amavelmente recusei porque sei que existem famílias que precisam de mais ajuda que eu e que não têm a ajuda que eu tenho.

Mala Maternidade MAC #2

No seguimento do post anterior, aqui fica a lista do que levei e do que realmente foi preciso durante o internamento:

Para a mamã:
- 3 camisas de dormir ou pijamas (preferencialmente camisas de dormir);
- cuecas de algodão ou descartáveis;
- pensos higiénicos ultra absorventes ou até mesmo dos de incontinência - no primeiro dia dão alguns pensos e uma fralda enorme mas é mesmo necessário levar mais;
- artigos de higiene pessoal (shampoo, gel de banho, escova, creme, etc) - no duche há gel de banho mas convém levar do nosso;
- chinelos de quarto e chinelos de duche - acabei por usar sempre os chinelos de duche (havaianas) até porque estava quente;

- toalhas de banho é opcional, se não levarmos o hospital fornece - não levei e há sempre um carrinho no corredor com toalhas;- carregador do telemóvel


Para o bebé:
- 3 mudas de roupa leves e 1 muda de roupa bem quentinha para a saída - só usei 1 muda de roupa e outra para a saída porque os bebés tiveram no solário;
- 2 bodies e calcinhas soltas extra para o caso de sujar - usei 1 body e as calças;

- fraldas descartáveis (média de 10 por dia para 2 a 3 dias) - também deram fraldas que supostamente era apenas para um dia mas chegou para 2 dias, apenas ao 3º dia comecei a usar das fraldas que levei;
- mantinha sem pêlo para cobrir o bebé quando dão de mamar, por exemplo - foi muito útil e acabei por dispensar o cobertor velho que tinham no berço;

- não levei chucha porque era contra as ideologias do hospital mas a maioria das mães levou chucha e eu também devia ter levado, teria me ajudado a acalmar os bebés e deixado dormir aquelas 3 noites;
- não levei toalhitas mas devia ter levado, o hospital tinha toalhitas ao dispor no trocador mas quando acabaram ainda demoraram a repor e quem precisou entretanto teve de pedir a outras mães;
- se nascerem com muito cabelo e unhas grandes, como os meus, é necessário a escova e a lima das unhas.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Amamentar #2

E agora passando à parte prática da coisa, existe muitas formas de melhorar a qualidade de vida de uma mãe, tudo depende do quanto quer gastar...
Até agora experimentei 4 bombas de tirar leite electricas, a medela na maternidade, a ameda no centro de saude, a avent emprestada e a kitett alugada na geofar (40€ por mês, vêm a casa entregar e levar, ao fim de 4 meses já está paga e ficamos com ela). A melhor? Acho que a medela ou a ameda.


Depois de tirar o leite o que faço? Guardo no frigorífico nos copos da avent porque vou utilizar nas próximas 24 horas (dizem que dura 3 a 7 dias) mas também dizem que se pode congelar e depois descongelar na porta do frigorífico, como não tenho assim tanto leite nunca congelei.


Depois do leite guardado no frigorífico é necessário aquecer, nunca no microondas! Deve-se aquecer em banho maria e felizmente tenho o aquecedor ideal, colocar água lá dentro, colocar o biberão com leite e ligar, uns minutos depois o leite está quente mas confirmo sempre a temperatura à antiga com o leite no pulso.

O biberão é também da avent, gosto de tudo da avent mas confesso que não conheço outras marcas para comparar se é melhor ou pior, faço questão de ter tudo da mesma marca para mais fácil usar. O esterilizador uso o de microondas que acho muito prático e rápido.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Amamentar

Em grávida já tinha a certeza que amamentar era a melhor opção para os bebés e para mim, nunca descartei a possibilidade de dar de mamar aos bebés. Mas a forma como tudo é exposto, ou imposto, parece que não amamentar é ilegal. Logo na primeira vez que amamentei a enfermeira pergunta-me "quer amamentar os seus bebés não quer?", esse "não quer?" parece uma imposição, a resposta não seria uma escolha da mãe? Ou se a mãe disser que não é apedrejada? Sim eu quero por minha escolha, não porque os outros me "obrigam". Nos dias seguintes, no internamento tive algumas dificuldades em amamentar, os bebés não estavam a pegar bem, isso em si já era frustrante não precisava de ouvir "tens de te esforçar!". Outras pessoas me perguntavam "tens mama para os bebés?", "tens leite?", isso em parte me fazia sentir como "invadida", porque é que toda a gente quer saber isso? É só isso que interessa?
No dia que cheguei a casa tive a subida do leite, o peito parecia pedra! Pensei que isso fosse normal embora já tivesse com dores e amamentar era cada vez mais impossível. Se não fosse a minha mãe me dizer que não podia estar assim e que tinha de tirar o leite todo fosse de que maneira fosse, provavelmente tinha tido uma mastite e apenas nesse momento ouvi pela primeira vez o que era uma mastite, tanta informação sobre ter que amamentar e ninguém falou das complicações que podiam surgir e como resolvê-las. Felizmente emprestaram-me uma bomba de tirar leite nessa noite que foi o que me salvou, mais ou menos. No dia seguinte, o primeiro dia que acordei em casa, fomos ao centro de saúde para o teste do pezinho e para pesar, felizmente a enfermeira perguntou-me como estavam as minhas maminhas e eu dei um tímido "não muito bem"... tive quase 2 horas com 2 enfermeiras a massajar-me o peito para sair todo o leite e tirar todos os nódulos! As enfermeiras foram espetaculares, voltei a sentir-me mais apoiada depois daquele "amanha-te" à saída da maternidade. 
Um conselho para as mamãs com leite a mais: manteiga de cacau, compra-se na farmácia custa quase 12€ uma embalagem (aqui não se vende a vulso) e massaja-se em movimentos circulares de fora para dentro com a manteiga de cacau e tira-se o leite com a bomba de tirar leite e no fim colocar toalhas molhadas em água fria sobre o peito para estancar a produção de leite. Fiz isso 4 a 5 vezes por dia durante 3 dias e foi o que me salvou. Estava a tomar um vaporizador no nariz que me deram na maternidade que facilitava a saída do leite, segundo a enfermeira servia para ajudar na subida do leite mas eu nem precisava disso e estava a subir demais, então não tomar!
As primeiras duas semanas foram torturantes, os bebés sugam o leite como se me tivessem a sugar a alma, é uma dor "horripilante", a minha mãe dizia "ao fim de um tempo habituas-te" e foi... Quando eles estão esganados de fome as primeiras sucções magoam mas depois habituamo-nos. E é reconfortante ter um papel tão importante como o de alimentar duas criaturazinhas que precisam do meu leite para sobreviver.
Cansativo? Sem duvida! Cada bebé demora 20 a 50 minutos a mamar, x 2 bebés, de 3 em 3 horas, só quem passa por elas sabe dar valor ao que realmente é dar de mamar a gémeos!
Atualmente e por iniciativa nossa dou de mamar e depois ainda dou um biberão de leite porque se dou só de mamar 1 hora depois já estão com fome. Tento tirar leite com a bomba uma a duas vezes por dia para o papá dar à noite no turno dele enquanto durmo mas por vezes não consigo tirar leite suficiente e eles bebem pelo menos duas refeições apenas com leite artificial. Outra informação que não encontro em lado nenhum e que uma enfermeira me disse foi que à noite há o pico de produção de leite, por isso é importante também dar de mamar à noite para o organismo continuar a produzir mais leite.
Muitas mentes pensam logo que uma mãe de gémeos pode amamentar os dois ao mesmo tempo porque tem duas mamas... essa ideia me repugnava um bocado na gravidez, agora com a necessidade de ter de amamentar quando tenho dois bebés a chorar ao mesmo tempo essa ideia parece mais interiorizada e já o tentei fazer mas... e as costas e o cansaço e o stress de ter duas mãos ocupadas e precisar de ajeitar um bebé com as duas mãos e não tenho como... prefiro demorar duas horas com os dois amamentando um de cada vez...

O antes e o depois

Antes do parto engordei 12 kg, depois do parto emagreci até agora 13 kg. Como fiz? Não sei! Muita amamentação, noites mal dormidas, maratonas de muda fraldas, adormece bebés, arrumar a casa, tratar das (imensas) roupas, pouco tempo resta para comer (errado!), no início tudo é mais difícil de gerir, a novidade de ter tantas tarefas e organizá-las mas com o tempo a coisa vai lá...
Antes queixava-me com dores nas costelas, depois queixo-me com dores nas costas.
Antes não tinha posição para dormir, depois tenho de tratar de bebés não tenho tempo para dormir.
Antes tinha um peso na barriga, depois tinha a pele da barriga muito sensível e flácida.
Antes doía-me as pernas, depois corro pela casa para tentar fazer tudo enquanto os bebés dormem.
Antes não tinha apetite, depois como "tias e avós".
Antes estava o tempo todo no pc ou fora de casa, depois não saio de casa durante dias e nem tempo tenho de pôr a escrita em dia no blog...

As visitas

Foram vários os avisos das enfermeiras da maternidade, os avisos continuaram das enfermeiras do centro de saúde, no post anterior já tinha elucidado para os cuidados redobrados em prematuros mas... a vinda de um bebé é algo magnífico, todos querem conhecer, todos fazem questão de visitar, agora imaginem com dois bebés...
Compreendo que tenho uma família grande, não posso ser egoísta e não deixar de virem visitar então as visitas não pararam durante uma semana e meia, todos os dias com visitas, todas as noites com bebés, quando é que durmo? As dores ainda não passaram, ainda não estou recuperada, nada me parecia facilitar. Confesso que com o meu estado que não fui a pessoa mais simpática e que foram dias difíceis, confesso que também não tinha noção do que era estar deste lado e que quando estava do outro lado não tinha esta percepção, por isso também aprendi e que terei mais cuidado quanto à visita de futuros recém-nascidos.

A alta

Com a alta esperava um monte de recomendações, avisos importantes, tarefas obrigatórias, estava preparada para anotar mentalmente cada palavra que me dissessem antes de sair... Afinal apenas tenho uma enfermeira que me diz "poupe os bebés, cuidado com as visitas, alguma dúvida?". Alguma dúvida?! Tenho milhares de dúvidas! E o leite artificial, qual é para dar aos bebés? E os cremes, quais devem usar? Os bebés não têm de tomar nada? Qual o pediatra que devemos consultar? Senti-me completamente desamparada porque apenas me marcaram a consulta de desenvolvimento para um mês depois, entretanto tenho de ser eu a procurar um pediatra ou médico de família e tenho de procurar um médico para a consulta de revisão do parto... Durante meses fui seguida em tudo o que precisava na MAC e agora "amanha-te...".
Em relação às restantes dúvidas, a enfermeira disse que podia escolher um leite qualquer no supermercado que era mais barato que na farmácia... (sem comentários!).
O desafio começa quando tenho de preparar os bebés para ir embora, roupas e mais roupas, mala, ovos, cintos, papéis, vestir-me, sair do hospital, todas estas tarefas que antes fazia em 5 minutos, agora com dois bebés demorei quase 2 horas...
A viagem para casa não foi de todo agradável, estava tão cansada e as vibrações do carro não eram confortáveis para a barriga, desejosa de chegar a casa e me deitar quando chego já tenho visitas à minha espera... o descanso vai ter de esperar...