Saí do internamento com indicações para continuar as injeções de enoxaparina, confesso que não estava muito segura de me ir injetar a mim própria e apesar de tudo o que passei não tenho a coragem de o fazer sozinha, então passei a tarefa ao papá, assim uma vez por dia o papá tem a responsabilidade de dar a injeção na barriga e fá-lo muito bem, já não me dói como doía, não sei se força do hábito ou é mesmo de quem a dá porque já estou à vontade para receber a injeção.
Após ter regressado a casa o meu estado de saúde piorou, o crohn que até agora estava estável fez-me uma partida, uma fístula com dores como não me lembrava de sentir à muito tempo. Dois dias depois fui aos Capuchos com o coração nas mãos e com um medo terrível de voltar a ter de ser internada. Apenas comecei a levar antibiótico endovenoso, ceftriaxone que supostamente não faz mal aos bebés, e assim durante 7 dias deslocava-me ao centro de saúde para levar o medicamento, nos primeiros dias as dores não passavam e comecei a ter um abcesso, só pensava que aquilo tinha de esvaziar e começar a drenar, assim contei com a ajuda da minha mãe e da minha tia e todos os dias lavava-me com água de malvas, após a primeira lavagem o abcesso começou a drenar e as dores começaram a aliviar. Mais uma prova que as receitas caseiras podem ser eficazes. Uma semana depois estava como nova.
Entretanto tive oportunidade de falar com o meu médico de gastro e disse-me que esteve a pesquisar a respeito da cirurgia que fiz e verificou que não devia fazer mais infliximab pois a cirurgia pode facilitar a passagem do medicamento para os bebés e apesar de não ser maléfico para os bebés, o melhor é mesmo não o fazer. Portanto boas notícias e tudo fica bem quando acaba bem.
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